Não ao pé no chão.

Monday, June 18, 2007

Do fim. Do amor. E do fim do amor.

Felizes aqueles que acreditaram na ordem
que se esforçaram para fazer o correto.
Os que votaram,
consentiram,
calaram,
venderam seus corpos
e que sem lutar nem resistir
foram levados pelo monstro invisível.
O monstro que todos tentam conquistar.
O monstro que persegue a todos.
Têm seu psicológico devorado,
seu sistema nervoso,
sua dignidade,
sua vontade própria...
e têm seus restos
atirados aos decompositores
que executam seu papel na cadeia alimentar.
O monstro invisível...
que dia após dia
cria novas maneiras
fresquinhas, cheirosas,
crocantes, brilhantes,
velozes, minúsculas,
potentes, sem fio...
novas maneiras de aprisionar
e exterminar aqueles que o mantém vivo.
Sádica e lentamente
o monstro sorve a energia humana.
Alimenta-se de mim e de vocês.

Felizes são aqueles que
a essa horas não passam de fotografias velhas
e memórias distantes.
Felizes aqueles velados com lágrimas,
ainda que merecessem serem comemorados,
afinal a liberdade merece comemoração.

Pobres dos seres viventes...
escravos teleguiados
a serviço do monstro invisível.

*****

O amor que eu tinha por ti
te fez certo.
O amor que eu tinha por ti
te fez especial.
O amor que eu tinha por ti
coloriu e perfumou os momentos em que estivemos juntos.
O amor que eu tinha por ti
te fez digno do meu perdão
na hora em que o rancor parecia a única opção.
Eu te amava.
Mas o amor que eu tinha por ti
foi em vão.
E acabou. Morreu.

O que restou foi a tua carcaça
se decompondo a céu aberto
e os urubus famintos a bicar teus olhos...
que agora não passam
de cópias fajutas dos olhos
que um dia beijei com amor.

Saturday, June 16, 2007

Blá blá blá

Cada dia,
cada minuto,
cada segundo,
poderia estar sendo usado
para mudar.

Mas estão todos usando seus óculos cor-de-rosa
que tão gentilmente lhes presentearam
no momento em que nasceram.

Óculos cor-de-rosa
que fazem de suas vidas
um vazio triste, cinza, infinito.
Vazio pseudo-colorido.

***

Contabilizando, só pra constar.
"Constabilizando":

* Provos - Amsterdam e o Nacimento da Contra-Cultura - Matteo Guarnaccia
* Como me Tornei Estúpido - Martin Page
* Rertratos de Sonhos e Lutas - Amílcar Neves
* Menino de Engenho - José Lins do Rego
* Baladas - Hilda Hilst
* Feliz Ano Velho - Marcelo Rubens Paiva
* A Falta que Ama - Carlos Drummond de Andrade
* Sagarana - Guimarães Rosa
* Duas Narrativas Fantásticas - Fiodor Dostoievski
* Dois Irmãos - Milton Hatoum

Por enquanto é só.
Maiores desabafos, conclusões e pensamentos desconexos dentro em breve.

Friday, June 01, 2007

já que eu sumi...

Já que tenho andado ausente...
http://www.fazendomedia.com/diaadia/nota310507.htm

hehehe!
viva!