Não ao pé no chão.

Thursday, December 28, 2006

do arrependimento

As fotos rasgadas eram reviradas pelo vento e pareciam ansiar por sua forma original.
As cinzas das cartas queimadas formavam um redemoinho em sua memória e deixavam sua visão completamente deficiente a ponto de cambalear.
As lembranças do antes eram tão vívidas que punha-se a chorar sempre que percebia ter falado com as paredes de seu quarto vazio durante os minutos em que pensara ter vivido o passado.
E todas as duras palavras desferidas no dia fatídico martelavam sua cabeça e dilaceravam seu interior.

O arrependimento é uma das piores coisas que pode nos acometer.
O arrependimento traz dor física.
E aquele olhar tão doce torna tudo muito mais difícil...

Thursday, December 21, 2006

enchendo lingüiça

Se a gente já perdia tanto do nosso valioso tempo na internet com coisas tipo orkut (pra que serve essa porcaria afinal?), msn (patético...), mercado livre, site da previsão do tempo... o you tube foi a batalha final na guerra entre ser-humano e máquina.
Ela finalmente nos rendeu.
Pela máquina ficamos de 4 (não literalmente caso contrário não conseguimos digitar freneticamente)
Somos da máquina.
Desejamos ficar pertinho da máquina durante as 24 horas do dia!

Segue aí o vídeo que me fez amar o you tube e me render mais uma vez à maquina:
trecho do lebowski

Porque eu amo esse filme e uma coisa que me permita ver esse trecho num clicar de botões, quantas vezes eu quiser, merece mesmo a minha adoração!

You tubeee! Te amo!

tradução de showroom dummies

Estamos aqui parados
A nos expor
Estamos sendo observados
E sentimos nosso pulso
Olhamos em volta
E mudamos a pose
Começamos a nos mover
E quebramos o vidro
Saímos
E damos uma volta pela cidade
Vamos para uma balada
E lá começamos a dançar
NÓS SOMOS MANEQUINS DE SHOWROOM (manequins de vitrine)


A pedidos, está aí a tradução da letra de ontem!

Wednesday, December 20, 2006

na vitrine

We are standing here
Exposing ourselves
We're being watched
And we feel our pulse
We look around
And change our pose
We start to move
And we break the glass
We step out
And take a walk through the city
We go into a club
And there we start to dance
WE ARE SHOWROOM DUMMIES


Adoro essa letra!

Wednesday, December 13, 2006

o que seria?

- Hoje fui àquela cidade... aquela das saudades... e das histórias todas...
O que seria de mim se não tivesse sido aquela cidade?
E aquela rua?
E aquela família?
E aquela lágrima?
E aquele riso?
E aquele susto?
E aquela doença?
E aquela gente?
E aquele amor?
E aquele dor?
E aquele erro?
E aquela alegria?
E aqueles montes de outras dores, cidades, amores, mares, quadros, livros e perdas e pedras e frutos e idas e vindas?
O que seria daquela que não seria eu?

- Seria não é, Ana Flor...
E supor o passado mata o futuro.

Thursday, December 07, 2006

fotooo!



agora meu perfil tem foto tbm!
vou aprender a mexer nesta joça por bem ou por mal porque pro provedor que eu usava eu não volto nem que a vaca tussa!

e pra finalizar, a última:

Leminskando drummondzando,
eu me perco em devaneios!
Que a vida é boa assim,
que sem eles, não dá pra mim!

tudo tanto, nada

Eu ainda me pergunto por onde anda
a metade daquilo que eu seria.
Deve estar por aí a procura de alguma goteira
ou quiçá d'uma pocinha,
enquanto eu inundo minha vida
a ponto de não dar pé nem mesmo pra mim.
Fica tudo tão tanto que sozinha fica demais.
Fica tudo tão só que até parece ser nada.

Um dia a gente se encontra e nesse dia
eu te inundo e vc me preenche
com sua falta daquilo que me afunda
e com sua presença que agora me é vácuo

os patetas e suas carreiras solo

Eu acho engraçada a mania que alguns artistas brasileiros têm de sair em carreira solo.
Saem de uma banda ruim para uma carreira solo ainda pior.
Oras, porque saiu da banda então??
Ficasse onde já estava, pelo menos dividiria o fiasco com os companheiros de banda.

É como quando a gente leva um tombo na rua.
Se estamos com um amigo por perto, é um mico engraçado do qual se ri junto.
Se estamos sozinhos, é apenas um puta dum mico.

Frejat, Nasi, Renato Russo...
Hahahahahaha!
Eu hein...

Enfim, vou é voltar pro meu cd do Peter Bjorn and John que senão é capaz de dar até azar ficar falando nesses tranca-ruas da música brasileira.

Wednesday, December 06, 2006

mais uma

O sentimento materializou-se.
Virou pedaço de qualquer coisa sólida.
Virou um, virou outro e tantos outros e tantos mais.
Pedacinhos, pedações, pedaços e penações.
Passou a tarde a céu aberto
cuspindo partes daquele sentir.
Ao fim do dia, empilhou tudinho e escalou até o topo.
O orgulho bateu forte!
Havia se livrado de todo o sentimento!
Sentia-se vaziamente leve
após aquela catarse em forma de torre!
Não sentiria coisa alguma, nunca mais...
Lançou-se ao ar... pensou voar
mais cair era só o que sabia fazer.
Estatelou-se ao lado da torre cuspida por ela própria.

Ninguém viu nada, mas todo mundo anda dizendo
que sentir demais, nunca é demais
e que 'vazio empurra jovem do 100° andar
e faz mais uma vítima'.


Obs: texto digitado inicialmente ao som de "big bang baby" (Stone Temple Pilots), e finalmente "come as you are" (Nirvana).
É, de vez em quando os meios de comunicação conseguem a proeza de ficar mais nostálgicos que eu!
:D