Não ao pé no chão.

Monday, January 08, 2007

faz de conta que é amor.

Ela adorava poesia. Lia muito. Lia todas. Todos os autores, de todas as escolas literárias, de todos os países.
Mas suas poesias preferidas falavam sobre amor.
Talvez fossem suas preferidas porque aquilo era uma especie de ficção científica, uma vez que ela não acreditava no amor.
Achava fantástico que alguém pudesse inventar algo tão surreal quanto o tal sentimento.
O amor era algo tão fantasioso quanto os sacis, ou o curupira.

De quando em quando se lembrava da época em que era uma criança e brincava de caçar sacis... da época em que se fantasiou de curupira para a peça da escola.
Ela sempre soube que eles nunca existiram, mas era bom brincar do faz-de-conta.
Mas no fundo no fundo ela sempre temeu que um dia o fantasioso viesse a se materializar bem diante de seus olhos no meio da brincadeira.

Então, depois de adulta, ela fazia como quando criança e desafiava o fantasioso pegando na mão e fazendo cafuné no rapaz que morava longe quando passavam noites juntos.
Era divertido, era bom
Mas não era o amor.

E assim seria até o dia em que o amor resolvesse provar a ela que ele realmente existia.

7 Comments:

Blogger ju e lu [e vice-versa] said...

É, eu tenho medo de faz-de-conta virar realidade. Tenho medo que amor prove sua existência. Mas sou viciada nessa brincadeira!

Jú Mancin

8.1.07  
Blogger Sérgio, Tiago e Raphael said...

Eu, que já vi Saci, digo-lhes: esta porra de sentimento existe, mas além de confuso é complexo, desleixado, como um personagem de nosso foclore(não faço a menor idéia se é Curupira, Saci, Cuca....) que apenas nos prega peças erradas...

Mais fácil falar daquele maldito anjinho de bunda de fora que fica soltando flechas a torto e a direito na primeira besta que aparece na rua...rs

Incrível que este Eros (ou Pan) me teve, sempre, com alvo favorito de suas brincadeiras...rs

Mas uma hora o coração caleja, vira pedra... Conhecemos Darth Vader e passamos para o lado negro da força.

O problema é que seremos os velhos rabugentos do outro lado da rua que tem verdadeirto tersão em furar as bolas da criançada que entram em nosso quintal...rs.

Rapha

11.1.07  
Blogger Sérgio, Tiago e Raphael said...

Eu, que já vi Saci, digo-lhes: esta porra de sentimento existe, mas além de confuso é complexo, desleixado, como um personagem de nosso foclore(não faço a menor idéia se é Curupira, Saci, Cuca....) que apenas nos prega peças erradas...

Mais fácil falar daquele maldito anjinho de bunda de fora que fica soltando flechas a torto e a direito na primeira besta que aparece na rua...rs

Incrível que este Eros (ou Pan) me teve, sempre, com alvo favorito de suas brincadeiras...rs

Mas uma hora o coração caleja, vira pedra... Conhecemos Darth Vader e passamos para o lado negro da força.

O problema é que seremos os velhos rabugentos do outro lado da rua que tem verdadeirto tersão em furar as bolas da criançada que entram em nosso quintal...rs.

Rapha

11.1.07  
Blogger Sérgio, Tiago e Raphael said...

eita porra postei dobrado?!!!

11.1.07  
Blogger Sérgio, Tiago e Raphael said...

Eu que nunca vi saci e nunca verei digo a vocês que o amor não existe, sabe, é gostoso ficar com uma mulher trocar carinho e outras coisas, mas você não pode chamar isso de sentimento do mundo, de amor.
Sérgio

11.1.07  
Blogger Sérgio, Tiago e Raphael said...

Ah, gostei muito do post.
Venha para o mundo de LFL.
Sérgio

11.1.07  
Blogger Sérgio, Tiago e Raphael said...

E tenho dito!

Tiago.

12.1.07  

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