ode ao ódio
Tem dias em que o meu mau-humor, pessimismo, sentimento de impotência e raiva do mundo fazem papel de ácido.
E não é do lisérgico que eu falo, mas sim acido clorídrico, de qualquer ácido muito corrosivo. Se possível o mais mais corrosivo e tóxico possível.
É o modo como me suicido aos poucos.
Auto-punição por algo que eu não fiz.
Auto-destruição.
Ódio.
Muito.
Uma montanha de ódio corrosivo crescendo dentro de mim e corroendo tudo por dentro.
Uma dor aguda... Um sentimento crônico.
A montanha cresce e o estrago aumenta.
A montanha cresce tanto dentro de mim que derrete tudo aquilo que um dia foi chamado de ser-humano e vira apenas uma massa monstruosa de ódio corrosivo que eu espero que se infiltre no solo, nos lençóis freáticos, contamine os rios, os mares, toda a água potável do mundo e de uma vez por todas acabe com a raça humana e com toda a sua barbaridade, com todo o seu absurdo, com toda a sua futilidade, com toda a sua burrice, com toda a sua direita reacionária, e com toda a sua esquerda burra e desarticulada, com toda a sua opressão, com todo o seu nazismo, com toda a sua mesquinhez, com todos os seus valores, com a família, a propriedade privada, com o pai, com o rei, com a mídia, com o dono, com os salvadores, com os messias, com os padres, os pastores, os pregadores, com os machistas, com as feministas, com os que baixam a cabeça, com os que pisam nas cabeças, com com tudo, com todos.
[ Ouvindo: Michael Yonkers Band - Hush Hush ]
4 Comments:
Venha para o mundo de Lust For Life onde tudo é divino e maravilho!
DÊ-me um pouco deste seu ácido para que eu possa destruir minha insignificante vida.
Preciso renovar-me...
oi linda
Vomita um pouco desse trem lá em casa pra me contaminar de uma vez? Preciso sumir...
Jú Mancin
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